Leiam e descubram que cimento, tijolos, tintas, madeira e aço PODEM ter substitutos ecológicos =)
Materiais alternativos ajudam a construir de forma mais sustentável
De acordo com estudo do Green
Building Council, órgão que influencia o mercado da construção, o
Brasil está em quarto lugar no ranking mundial de
construções sustentáveis, atrás apenas dos Estados Unidos, Emirados Árabes e
China. Nesse tipo de construção, escolhas como a localização e tipo do terreno,
a seleção de material, a coleta de energia solar, o uso da água e o
aproveitamento da ventilação natural são pensadas para diminuir o uso de
recursos naturais e causar menos poluição e resíduos. Tudo é feito pensando na
redução dos impactos ambientais.
Mas para construir esse
tipo de empreendimento são necessários materiais alternativos, também
sustentáveis. Entre os itens mais utilizados, encontramos cimento e tijolos
ecológicos, tintas minerais, placas de telhado alternativas e, principalmente,
bambu.
Marcelo
Todescan é arquiteto com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento e na
gestão de empreendimentos sustentáveis. Segundo ele, o uso de materiais
alternativos é imprescindível para podermos ajudar a reverter o quadro da
pegada ecológica na Terra. “Só temos uma escolha: ir pelo caminho da
sustentabilidade, só temos um planeta. Nossa pegada ecológica já passou do
ponto em que podemos regenerá-la”, diz.
O arquiteto conta que os materiais
alternativos mais usados atualmente são o bambu, os tijolos e as tintas
ecológicos. “São itens que custam mais, do ponto de vista financeiro. Mas, na
verdade, são muito mais baratos se você pensar no impacto ambiental gerado por
sua produção e manejo, que são muito menores”, afirma.
Veja alguns
dos materiais sustentáveis mais utilizados em construções civis
Tijolo
ecológico: o
tijolo prensado é feito de terra e cimento e, por isso, sua cura não envolve
energia que gere degradação do ambiente, logo, é considerado ecológico. Segundo
Marcelo, o tijolo prensado tem menos perdas em seu manejo, usa menos massa,
menos mão de obra. “É mais racional”, diz.
Bambu: “Tem uma velocidade de sequestro de
carbono enorme”, afirma Marcelo. O bambu têm um aspecto ecológico muito
favorável que é o seu rápido ciclo de renovação. É altamente resistente e é
opção ao aço, ao concreto e principalmente à madeira, devido ao seu baixo
custo, à rapidez no processo de construção e manejo, além de aspectos
estéticos.
Tintas
minerais:
solúveis em água, não são derivadas de petróleo. Tem baixa concentração de
compostos orgânicos voláteis (VOC’s, que evaporam e danificam a camada de
ozônio). Marcelo ressalta ainda o uso de tintas orgânicas, feitas a base de
terra crua. “Quanto menos tóxicas, melhor”.
Cimento
ecológico:
conhecido como CPIII, existe no Brasil desde os anos 1950, mas nunca foi usado
por conter resíduos industriais. Mas, são exatamente estes resíduos industriais
que garantem a função ecológica do cimento, considerado uma opção mais estável
para as construções. “É mais resistente que os cimentos comuns”, afirma
Marcelo.
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